Estou fraco. Hoje é provável que eu não atravesse a noite. Ninguém me olha mais. Peço algum carinho, alguma violência, nada fazem. Afastam-se, dizem que sou um fantasma, aparentado com o diabo. Hoje vou morrer. Estou no penúltimo degrau. Sei disso. Lamento um pouco, pois eu queria ter uma vida com quinze degraus. Ter ainda a chance de sepultamento e de recomeço, mas não vai ser possível. Se pelo menos eu tivesse mais um buracosangue para enfiá-Lo. Imagino, não basta, mas é o que resta.
11 dezembro 2009
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