10 setembro 2009

Tragédias breves e anônima VI

Esculpiu o boneco à sua imagem e semelhança. Caprichou no formato dos lábios. Deteve-se também num pequeno defeito no dedo anular direito. Tudo estava de acordo. O boneco era a sua cara. A dor aguda. Um último pensamento: eu consegui. Dias depois encontraram o corpo. Ao lado, um boneco com uma agulha enfiada no peito. Os legistas relutaram muito, mas, por fim, aceitaram o suicídio como a causa da morte.

14 comentários:

jorge vicente disse...

e o corpo se foi
na tômbola do corpo
virtual

um vodu de sensações
e emoções

abraços
jorge vicente

Maeles Geisler disse...

cor aguda tornou cinza

a imagem do reflexo.

anjo inócuo descansa em paz.

o texto merece aquela palavra...como elogio.

Abraços
Maeles

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Rubens, às vezes dá vontade de fazer um vodoozinho pra uns que tem por aí, mas só de leve, claro. rssss

Cláudio B. Carlos disse...

Muito bom! Me repito? A culpa é sua, hehehehe.

Cláudio B. Carlos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricardo Valente disse...

Vodu? De tanto acreditar, o impossível, às vezes, acontece!

Anônimo disse...

Há quem faça isso com o próprio corpo, sem ao menos perceber... É estranho, mas é verdade.

Muito bom, Rubens!

Sinto falta de ler suas crônicas do AN.

Srta. Coisa disse...

oq será que dói menos?

Anônimo disse...

Adoooooro esse blog (Felipe Damo me indicou)! Linkei ao meu, ok!?

besos

Anônimo disse...

Hey!!! Obrigada pela visita (e pelo link). Besos e boa semana

lisa disse...

assassinou seu alter ego....

Tua escrita é gritante

Mara faturi disse...

Ahhh, que mania esses "médicos" tem de não quererem aceitar as coisas simples da vida, rsrs...
saudades moço!!!
*seu "Andanças" está á caminho;)
bjos!

Priscila Lopes disse...

Adooooooooooooooro.

Dauri Batisti disse...

As tragédias breves estão bem legais.

Exercício interessante.

Abraço.