milhares de formigas morrem
futuros pássaros são desistidos
brotos não se conhecerão árvores
teias serão paisagem
chove:
minha vida conflui para o abismo
e todo
água
barro
ovo
teia
broto
formiga
me atiro alma adentro
® Rubens da Cunha
Antes de sermos dor somos cavalo
8 comentários:
Belezura, Rubens! Ficou ainda melhor como poema!! Grande abraco!
Muito bom, como aliás o blog em geral!
mas tenho q passar cá com mais tempo!
Rapaz! Que coisa! Imagem dilacerante!
hábraços
alma adentro é vida pra mim.... tudo que tem alma...renasce!
um beijo
Difícil são os instantes úmidos em que chove mais "alma adentro" do que fora....é preciso estar sempre pondo (tentando ao menos) a alma pra tomar sol, não? Faço isso aqui.(Ah, e fiz também agora há pouco ao assistir mais uma vez a mesma-Macabéa-outra no palco).De alma seca e sol, deixo um beijo.
Chove muito
e nas aguá
às vezes
revivo
, reticente
, infinito...
Gostei das suas paragens.
Influenciadoras.
Congratulações.
Em verdade vos digo, insecto, cabana, carne líquida, a minha próxima paragem é o meu rosto escavado dentro.
abraços.
Nossa, adorei esse. Final perfeito. E um quê de Manoel de Barros. Abraços
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