27 setembro 2005

Sob o fantasma de Álvaro de Campos

Sou um desenho feito de ferrugem e carvão.
Não me interessam as paixões, os desmazelos.

Estou aquém do mundo.

Marginado.
Não sou entre os outros, um melhor.
Sou entre os outros, um alheio.

Sentencio-me ao desdém.
Cumpro a pena sorrindo.

® Rubens da Cunha

5 comentários:

Claudio Eugenio Luz disse...

Poxa, neste belo poema toda a sombra de F.P - A.C. Belas imagens, sem dúvida: "Marginado.
Não sou entre os outros, um melhor.
Sou entre os outros, um alheio."Quer mais?

Anônimo disse...

"Não sou entre os outros, um melhor.
Sou entre os outros, um alheio."

G-E-N-I-A-L...

Vamos de mãos dadas, irmão.

Fernando Palma disse...

Muito bom seus versos.
Gostei do blog!

Cláudio B. Carlos disse...

Gostei!
Muito Bom!

Helena disse...

À sombra de Pessoa você floresce pessoal ( nos dois sentidos ). Vir ao seu blog é sempre uam viagem de prazer estético e humano.
besos,

Helena