15 dezembro 2010

cinzas espinham o corpo
que frio fia-se sobre o outro

tempo dos avessos agora

a dor crespa da espera
e
a espera vesga do fim

logo ali o apocalipse
os quatro cavaleiros
e suas espadas festivas

logo ali um sol menor
mentindo-se verão

e a pele cada vez
mais branca

transparência
teu nome é o soco
que consigo pronunciar