o estômago digere
carnes
pressa
úlcera
velhas misérias de sempre
as orelhas secam
em falsos silêncios
por dentro
uma fome fêmea
acidula os fantasmas
varre para os cantos
vontades menos nobres
® Rubens da Cunha
25 setembro 2007
04 setembro 2007
sob os pés olhos desenxergam formigas grãos de areia fezes invisíveis. trânsito efêmero de acontecimentos. dia a dia a terra em que pisamos aguarda a nossa carne com boca amarga e poeirenta. a terra cumprirá a sua vingança. o quanto de sangue e ossos tem este barro que de uns tempos pra cá disfarçamos com asfalto?
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