25 outubro 2006

As crinas do tempo não dispersam os ensaios. São figurações de vime. Cenários inscientes da nudez. Entre os atos, amam-se intragáveis. Quase informes de tantos dentes à mostra. São bocas esmiuçadas no carrilhar dos dias. Falam daquilo que segreda a salvação, como se fossem cristãos em tempo de Nero.
® Rubens da Cunha

4 comentários:

douglas D. disse...

escorrendo
pelas bocas
desejo,
segredo,
sem querer salvação.

Anônimo disse...

como se o verbo se fizesse carne ...
em segredo, mas sempre acreditando na superioridade ...
alto e baixo ...

Mme. A. disse...

Não posso nem querer deixar qualquer pensamento pretensiosamente profundo ao ler isso. Tudo seria redundância ou tentativa de chegar ao alto do muro, que é alto demais para eu poder enxergar.

Daqui de baixo contemplo a beleza do parágrafo e a força dos punhos que esconde.

Vc sempre me surpreende, Rubens.

Sempre.

Como sempre disse, quando eu crescer quero ser que nem vc. Ou pelo menos parecida. Ha.

:-D

isabel mendes ferreira disse...

olá saudade...............


obrigada...


pela respiração....e pelo teu texto-
. nunca disperso.


beijos.